Plants Vs. Zombies

Muitas pessoas sempre dizem que eu sou preconceitusoso em relação aos jogos de produtoras independentes. Eu discordo. Jogos independentes são algo ótimo, porque vão contra a corrente. Por mais que tentemos discordar, quase todos os jogos de hoje em dia são iguais, montados em uma mesma base, e é bom ver de vez em quando um jogo que não seja mais uma versão alterada de Halo, Mario ou ícones que se consagraram na história.

E para provar que eu não tenho preconceitos em relação a jogos indies (independentes), eu irei agora analisar o jogo Plants vs. Zombies, da Pop Cap. Hah! Tomem essa, jogos comuns.

Sim, eu sei que o conceito desse jogo parece ridículo, mas não se preocupe, é divertido, e isso é o que realmente importa.

Plants vs. Zombies é um jogo bem simples, então não há muito o que falar dele. Basicamente, os zumbis estão invadindo o quintal da sua casa para tentar comer o seu cérebro, então cabe a você montar uma linha de defesa  usando… as plantas do seu jardim. Sério. Leia de novo se você acha que não entendeu direito. Basicamente, você posiciona pelo seu quintal vários tipos de plantas com várias habilidades diferentes (e você desbloqueia uma planta nova no fim da maioria das fases), e usa as habilidades particulares de cada uma para combater tipos distintos de mortos-vivos. Por exemplo: um zumbi dirigindo um carro é mais facilmente derrotado por uma planta com espinhos, para furar os pneus e explodir esse carro. Ou então, um zumbi que voe amarrado a um balão pode ser derrotado por um cactus que atire espinhos a longa distância. E, digamos, um zumbi com um balde na cabeça para se proteger pode perder essa defesa se chegar perto de uma planta-ímã (sim, tem uma planta-ímã no jogo)

Yep, o jogo diversifica bastante tanto em plantas quanto em zumbis. Mas vamos admitir que os zumbis são mais incríveis.

Existem cinco cenários no total: quintal de dia, quintal à noite, quintal com piscina de dia, quintal com piscina e neblina à noite, e telhado de dia (tirando a última fase, que é à noite). a cada fase que vai passando, mais e mais tipos diferentes de zumbis vão aparecendo, e você precisa descobrir qual é o tipo de planta que acaba com eles mais facilmente, às vezes até mesmo combinando o poder de duas plantas diferentes. Além disso, cada cenário tem características próprias. O quintal de dia é o básico, praticamente nada além de uma introdução. O quintal à noite não tem poder solar, que é a moeda principal do jogo, com a qual você compra novas plantas durante a luta, para incrementar suas tropas ou substituir plantas destruídas. Com menos poder solar, as coisas ficam mais difíceis. Além disso, à noite, seu quintal fica cheio de lápides, onde você não pode colocar plantas, e de onde saem mais zumbis quando a fase está chegando ao fim. O quintal com piscina dificulta um pouco as coisas, pois há pouquíssimas plantas aquáticas, e você acaba precisando comprar uma vitória régia para apoiar as plantas comuns. Na neblina, você não consegue ver nada da metade direita da tela, então só se sabe que um zumbi está chegando quando as suas plantas começam a atirar, e aí você precisa adivinhar que tipo de zumbi é de acordo com o som. E no telhado, além de zumbis com cordas de bungee jumping que roubam suas plantas, você precisa comprar vasos, pois suas flores, cactos e semelhantes não podem ser colocadas em cima das lajes.

Há um número enorme de zumbis no game, cada um com sua aparência e habilidade especial. É muito divertido simplesmente construir suas defesas e depois assistir os zumbis chegando, cada um reagindo de um jeito diferente. Mas eu acho que o que a maioria das pessoas vai gostar é um zumbi em especial, que só vem à noite, e consegue invocar mais zumbis para dançar junto dele. Este zumbi tem um rosto muito familiar, e foi feito em homenagem a um certo astro do pop que morreu este ano:

O bom de se ter uma variedade grande de plantas é que você pode experimentar como elas reagem com cada tipo de zumbi. O ruim é que você tem um limite de plantas que pode usar em cada fase. No começo da fase, aparecem quais tipos de zumbis você vai ter que enfrentar, e baseado nisso, você escolhe as plantas que serão usadas. E mesmo havendo várias plantas, no fim você vai acabar encontrando uma combinação que funciona com praticamente todos os zumbis, e vai deixar o resto de lado.

Muitas opções… Muitas opções mesmo…

A medida que você avança pelo jogo principal, novos minigames são desbloqueados, o que sempre acaba rendendo umas horas extras de diversão. Se tem uma coisa que eu tenho a criticar neste jogo, é uma espécie de minigame/bichinho virtual chamado Zen Garden, onde você cuida das plantas, atendendo às necessidades delas, para poder ganhar dinheiro. Com qual finalidade, você pergunta? Para poder comprar mais produtos para as suas plantas. E o conceito fica preso nesse ciclo, onde você cuida das plantas para poder cuidar delas mais ainda.

Se você já teve um tamagotchi e gostou daquela porcaria, então você vai adorar isso.

Tirando esse pequeno problema, Plants vs. Zombies é um bom jogo. Se você gosta de algo bem humorado, com uma cara divertida, e acha que o gênero Tower Defense é divertido, aproveite. E perca pelo menos uma vez, só para poder ver a mensagem dizendo que os zumbis comeram seu cérebro:

Céérebrooo… Céééééreebrooooooo!!!

Ah, e antes que eu me esqueça, tem um zumbi no seu quintal:

Frase Final: Tem um zumbi no seu quintal… nós não queremos zumbis no quintal…