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As porcarias aleatórias que eu fiz

Sim, eu sei, procrastinando em atualizar o site, buá, buá.

2012 foi uma ano muito produtivo pra mim, visto que quando você estuda cinema você é meio que forçado a fazer coisas relacionadas com o tema. Eu fiz algumas análises de filmes nacionais, apenas uma das quais eu tive coragem de colocar aqui, e andei fazendo análises pequenas de lançamentos internacionais em sites como filmow, que é basicamente a desculpa que eu dou para mim mesmo de não estar publicando nenhuma análise aqui.

Mas dane-se o que eu falei mal ou falei bem, eu sei que o que vocês querem saber é o que eu fiz por conta própria, porque eu sei que toda vez que um de vocês lê uma crítica que esfola completamente um filme ou jogo que você gosta, um dos primeiros pensamentos que passa pela sua cabeça é “o que será que vai ter para o almoço hoje?” Mas depois que vocês param de divagar, vocês pensam “eu queria ver se esse babaca consegue fazer melhor”.

E no geral a resposta é não. É muito mais fácil fazer uma crítica de um filme ruim do que é fazer um filme bom. E o problema é que quando você consegue enxergar os erros em um produto que foi feito por um crítico daquele produto, você ganhou. Você absorve todos os poderes dele , passa pela Ressureição e finalmente adquire o Prêmio que todos  os imortais almejam… não, espera, isso é Highlander. Leia o resto deste post

NNNOOOOO!!! NNYAAAAAHHHH!!!

OK, antes de mais nada, lembra daquele post que eu fiz há algumas semanas falando sobre os caras do Extra Credits? Bem, eles arranjaram emprego no Penny Arcade TV, então a partir de agora você pode ver os vídeos deles aqui: http://www.penny-arcade.com/patv/show/extra-credits. E se você liga para videogames em qualquer plano de existência, você é praticamente obrigado a assistir isso.

Enfim.

Eu gosto de Star Wars. Eu gosto de tudo desde o barulho dos sabres de luz até o rosto sem expressão e ainda assim estranhamente intimidador do Darth Vader, passando pelos grunhidos do Chewbbaca e as frases sábias do Mestre Yoda. Sim senhor, a trilogia antiga do Star Wars é um clássico.

E aí veio aquele idiota do George Lucas e estragou tudo.

Não, eu não estou falando só da trilogia nova, eu admito sim que ela no geral é uma porcaria, mas ainda tem seus momentos, especialmente a luta entre Yoda e Imperador Palpatine (e eu juro que se alguém defender a criação do Jar Jar Binks como um personagem realmente divertido eu vou me enforcar com meu próprio intestino). O que eu estou reclamando é o fato de George Lucas não se cansar de mudar as cenas da trilogia antiga todas as vezes que faz uma remasterização nova. E eu acho que agora ele acabou de fazer a pior de todas.

Você se lembra da cena no final de “O Retorno de Jedi”, onde o Vader resolve ajudar o Luke e joga o Imperador no poço? Era um momento climático do filme, e um momento onde tudo finalmente era solucionado. E a parte mais incrível é que Vader não dizia nada. Ele só ficava lá, parado, olhando o Imperador eletrocutar Luke, seu filho, e olhava de um para o outro, tendo um debate interno, até finalmente decidir fazer a coisa certa e acabar com o Imperador de uma vez por todas. O grande tchans da cena está na falta de diálogo.

Até agora.

Na nova versão remasterizada para Blu-Ray, a cena foi editada, e inseriram um grito de “NÃÃÃÃÃÃOOOOO!!!!” feito pelo Vader que é completamente estúpido. Lembra no final de “A Vingança dos Sith”, quando o Vader gritava “não” por causa da mulher dele ter morrido? Já era idiota lá, e continua aqui. Eu suponho que o George Lucas queria justificar a existência daquele grito fazendo com que ele passasse a ser recorrente.

Aqui, olha só:

Sinceramente, eu estou cada vez mais convencido que a trilogia original foi tão boa desse jeito por puro acidente. O George Lucas claramente não tem a menor noção do que fez os filmes antigos dele serem bons, e ele faz questão de continuar mexendo neles, estragando mais e mais sua obra-prima. É deprimente.

Bem, mudando um pouco de assunto dentro do departamento “gritos idiotas”, eu assisti ao último filme do Harry Potter mês retrasado, e reparei novamente em algo que fica aparecendo desde o quinto filme: o grito do Voldemort.

Você sabe do que eu estou falando. Toda vez que o Voldemort lança um feitiço, ou está com raiva, ou faz praticamente qualquer coisa que requer esforço, ele solta um gemido que eu só consigo escrever como “NNNNNYAAAAAAAAAHHHHH!!!!”

Por exemplo:

(E isso é só no trailer do último filme, o filme em si tem ainda mais)

Não é ameaçador, não tem nada a ver com o personagem, só é cômico. Eu ainda não entendi o propósito disso, mas no último filme estava tão frequentemente que eu sinceramente perdi a conta de quantas vezes ele soltou o grito.

Erm, yep. Isso é basicamente tudo que eu tenho pra postar.

Ah, pera, tinha essa tirinha relacionada:

Comic #30

Tchau.

Sa-Botando um Novo Post (nossa, essa foi ruim)

Nova análise publicada, do jogo The Saboteur. Leia aqui.

Será que meu gosto com roupas é tão estranho assim? Eu realmente gostaria de ter um casaco de chuva e boina combinando igual ao protagonista desse game.

Vamos lá, admita, você também gostou.

Enfim, aqui está o esquete do Hitler do Monty Python, porque eu não consegui pensar em nenhum outro vídeo de humor do Youtube relacionado a nazismo que valesse a pena colocar.

Boa semana.

A Arte de Contar Uma Piada

A seguir está a reprodução de uma conversa que eu tive com um amigo essa semana, e que resolvi colocar como um post enquanto não termino algum dos meus posts maiores. Eu mudei os nomes dos protagonistas para evitar constrangimento.

BATMAN: Eu tenho uma piada. Por que a galinha atravessou a fita de Möbius?

WOLVERINE: Eu não sei o que é uma fita de Möbius.

BATMAN: Bem, é uma superfície bidimensional que em teoria só tem um lado.

WOLVERINE: Isso é impossível.

BATMAN: Não não, olha, se eu pegar uma tira de papel e juntar as pontas, mas virar um lado antes de fazer a junção, e depois eu resolver traçar uma reta ao longo da fita, sem tirar a caneta do papel, eu eventualmente vou chegar onde comecei. Por que a galinha atravessou a fita de Möbius?

WOLVERINE: Por que ela era um cavalo?

BATMAN: Não, uma resposta ENGRAÇADA. (pausa) Uma galinha não é um cavalo.

WOLVERINE: Desculpa, é que eu tenho pensado muito em cavalos ultimamente.

BATMAN: Okay, por que a galinha atravessou a fita de Möbius?

WOLVERINE: Diga.

BATMAN: Não, você tem que falar direito.

WOLVERINE: O quê?

BATMAN: Você tem que falar “Eu não sei, por QUÊ a galinha atravessou a fita de Möbius”, senão a piada não funciona.

WOLVERINE: Não.

BATMAN: Por que a galinha atravessou a fita de Möbius?

WOLVERINE: Eu sinceramente não quero mais saber.

BATMAN: FALE!

WOLVERINE: (silêncio)

BATMAN: FALE!

WOLVERINE: (mais silêncio)

BATMAN: Fale ou eu vou fazer coisas que você não vai gostar.

WOLVERINE: Ah por favor não.

BATMAN: Porqueagalinhaatravessouafitademöbius?

WOLVERINE: (suspiro)

BATMAN: Porquegalitravessfitamöbius?

WOLVERINE: (silêncio)

BATMAN: Fale ou eu mesmo vou falar!

WOLVERINE: Vá em frente.

BATMAN: Por que a galinha atravessou a fita de Möbius? (pausa) Eu não sei, por QUÊ a galinha atravessou a fita de Möbius? (limpa a garganta) Para chegar do mesmo lado!

(pausa)

WOLVERINE: Você disse que uma fita de Möbius só tem um lado.

BATMAN: Você não entendeu, não é.

WOLVERINE: Não.

BATMAN: A frase “chegar do mesmo lado” é uma referência a algo conhecido, como na maioria das piadas.

WOLVERINE: É?

BATMAN: Sim, porque a piada original pergunta por que a galinha atravessou a rua, e a resposta é que foi para chegar do outro lado.

WOLVERINE: Certo…

BATMAN: Então quando você adapta para a fita de Möbius a galinha tem que atravessar para o outro lado de alguma coisa, mas ela não pode porque não tem outro lado e essa é a piada, então ria.

WOLVERINE: (silêncio)

BATMAN: Sabe, eu acho que vou anotar essa conversa e transformar em um post pro meu blog.

WOLVERINE: (suspiro)

BATMAN: Eu odeio quando você fica suspirando por causa do que eu falo.

E Tenho Dito

Quando esse blog está com poucos posts, as chances são altas de que eu estou provavelmente perdendo tempo assistindo vídeos no youtube, de PC Siqueira a trailers de filmes. Está praticamente virando um problema. Minha consciência fala comigo mais ou menos assim (no estilo “anjo em um ombro, diabo no outro”):

Eu Bom: Hey, vamos escrever umas análises para o blog!
Eu Mau: Não! Vamos assistir maspoxavida! Mwa ha ha ha!
EU: Humm, não sei… eu meio que preciso escrever alguma coisa, só publiquei dois posts nesse mês…
Eu Mau: Mas pode aparecer um novo trailer para o novo filme do Tron a qualquer momento na internet!
EU: Uuh, tou dentro.
Eu Bom: Maldito seja, Eu Mau! Você ganhou dessa vez!

Então de qualquer forma, eu fico fuçando muitos trailers de filmes, até mesmo os velhos, que eu nunca assisti. E consegui fazer algumas obvservações. Por exemplo, eu posso confirmar que se eu tivesse visto o trailer dos filmes Evil Dead antes de realmente assistir um deles, não teria gastado duas horas da minha vida vendo algo que só é engraçado por ser incrivelmente idiota. E eu também percebi que todos os trailers de filmes desde o começo dos tempos foram narrados pelo mesmo cara.

Todo e qualquer filme, seja romance, ação, comédia, teve o trailer narrado por esse cara. O cara que soa como se tivesse passado os últimos trinta anos fumando cigarros dentro de uma chaminé industrial. Sabe, AQUELE cara. Ele até fez a voz no trailer do Evil Dead que eu vi; ele até está fazendo os trailers de filmes de terror de merda! Com os montes de filmes que saem todos os meses, pulando desesperadamente no meio do mercado para conseguir atenção, esse cara provavelmente teve uma vida REALMENTE ocupada. Eu aposto que ele até já deve ter narrado alguns trailers de filmes pornô…

“NESTE VERÃO, MONICA MATTOS SERÁ POSSUÍDA VIOLENTAMENTE POR UM ORNITORRINCO DE MOTOCICLETA! E ISSO É BASICAMENTE TUDO QUE ACONTECE!”

Eu queria ter conhecido esse cara. Não só porque ele com certeza tem contatos com todo mundo que é associado com cinema em todo o planeta. Eu queria saber o que o motiva, o que o faz narrar todos os trailers com tanta determinação. Eu queria dar uma caixa de charutos para ele de Natal.

Como trailers não têm créditos (a não ser a respeito do filme em si), eu não consegui saber o nome dele logo de cara. Eu achei que uma voz tão incrível assim precisaria ter um nome igualmente incrível, como Don Razputin Alvares, ou Ian Wellington Mc’Awesome, ou algo assim. Ele seria um homem de três metros de altura, com uma barba grossa, troncudo como uma geladeira, com dois olhos brilhantes, vestido com uma capa preta, com um ventilador embutido para efeito dramático, e usando uma bengala com uma caveira de urso no fim. Nós sairíamos juntos e ele impressionaria o público parando bandidos só com o poder de sua voz, enquanto eu fico com todas as garotas tímidas demais para se aproximarem dele.

A melhor coisa a respeito de ter o Don/Ian como amigo seria que ele consegue fazer qualquer frase soar interessante. Por exemplo:

EU: O que você vai querer, Don?
DON: EU ACHO QUE VOU ESCOLHER A SALADA DE BATATA!
EU: Droga, o garçom desmaiou de novo. Da próxima vez peça só um copo d’água.
DON: GARÇONS FRESCOS MALDITOS!
(todas as mulheres no quarteirão ficam instantaneamente apaixonadas)

Sendo o cara extremamente ocupado que eu sou, eu resolvi reservar um pouco de tempo para pesquisar mais sobre esse cara. Eu fiz pesquisas no Google! Eu folheei livros extremamente grossos sobre o assunto! Eu dancei conga com os tigres encantados de Marte! E finalmente descobri! Leia o resto deste post

Ataque dos Corbynes

Depois de cerca de um mês e nenhuma visita de mim mesmo do futuro, eu estou oficialmente descartando a teoria de que meu celular consegue receber ligações de uma máquina do tempo. Se você não sabe do que eu estou falando, leia isto.

Mas o caso é que, eu estava no cursinho outro dia, e como não conseguia encontrar forças para prestar atenção na aula, meu olhar foi dirigido para algumas dezenas de celulares nas mãos e bolsos de outros alunos da sala. E eu acabei reparando que eram iguais ao meu.

Meu celular é daqueles desenvolvidos especificamente para adolescentes metidos à besta que gostam de aparelhos moderninhos mas não são ricos o suficiente para comprar um iPhone. Se eu realmente precisasse descrever eu diria algo na faixa de “parece que o iPhone foi esmurrado algumas vezes e caiu dentro de uma lata de tinta”. Ele tem um formato torto na lateral, e algumas partas possuem cores vibrantes, sendo que as do meu são amarelas, e me deixam tão envergonhado em público que eu me esforcei para cobrir a maior parte dele possível com preto. Tem uma tela touch-screen e vários menus e botões coloridos dentro dela. Não é a coisa mais empolgante do universo, eu sei.

E ainda assim, tinha algo estranhamente hipnótico em ver várias pessoas mexendo nos celulares, e eu estava lutando contra uma vontade irresistível de tirar o meu do bolso e arriscar ser pego pelo professor. E eu tenho certeza que todos na sala estavam sentindo algo parecido, porque a cada minuto que passava eu via mais e mais celulares. E o que é pior, TODOS ERAM IGUAIS AO MEU.

"Toda resistência é inútil!"

Eu fui para a Bienal do Livro nesse fim de semana, e havia pessoas com isso lá também. Também tem outros com colegas da minha escola antiga que eu encontrei outro dia. E quando eu fui obrigado a me apresentar para o exército (fui dispensado, e convido todos os examinadores a morrerem de derrame) eu vi mais alguns com os outros caras que foram convocados para os exames. Foi aí que eu comecei a ficar desconfiado, então um dia eu fui olhar a caixa na minha estante, anotei o nome do modelo e guardei na minha memória sem fundo para fatos inúteis.

“Samsung Corby” é o nome. Um nome  bem estúpido se você me perguntar, parece o que um papagaio diria se fosse estrangulado no fundo de uma piscina. A Samsung é uma companhia mundialmente famosa. Você sabe o que a maioria das companhias mundialmente famosas têm? Websites!

Então eu acessei a página e procurei mais informações, incluindo uma dizendo que o produto foi especialmente desenvolvido para agradar à população mais jovem e descolada.

Então eu suponho que poderia simplesmente ser uma tentativa mal-interpretada por mim de atingir um público extremamente específico.

Poderia ser.

Ou.

OU.

Você já assistiu “Ataque dos Invasores de Corpos”? Aquele que eu também não assisti (assisti o remake recente), com um monte de atores que eu não conheço? Nele, uma praga alienígena é espalhada por uma plantinha alienígena que uma pessoa deu para outra pessoa de presente. E se em vez de uma plantinha, fosse um metal alienígena, possivelmente espalhado em uma região bem grande? E se alguém, talvez hipnotizado pelos raios alienígenas, coletasse esse metal e fizesse, digamos, chips de telefone com ele?

Explicaria muito. Explicaria como tem pelo menos um em todos os lugares que eu vou. Explicaria por que eles parecem estranhamente magnéticos. (epifania) Gasp! E explicaria por que os alunos da minha sala que eu mencionei no começo desse post começaram a agir como uns bostas metidos alguns minutos mais tarde! Eles estavam possuídos pelo celular alienígena!

Bem, para mim o assunto está resolvido. Eu vou começar a carregar a maior marreta possível toda vez que sair de casa, e se eu vir um desses celulares eu vou reduzir a coisa maligna a cacos. Se vocês pudessem fazer a mesma coisa eu ficaria incrivelmente grato, assim como o dono do celular. O futuro vai te lembrar como um patriota, mesmo que te encham de porrada no presente!

Certo, de volta ao trabalho.

Telefone Fantasma

Como qualquer um que é jovem ao ponto de me olharem estranho quando eu digo que Soylent Green é gente (acabei de estragar um filme para você), eu adoro meu celular. Eu adoro os botões coloridos, o revestimento brilhante, e o monte de programas que eu absolutamente nunca uso mas gosto de saber que estão lá simplesmente para poder dizer que tenho. Sim senhor, meu celular. Não há nada que eu precise dele que não seja prontamente atendido.

Ah, e ele é assombrado.

Eu juro que é.

Eu fiquei um pouco surpreso na primeira vez que aconteceu. Eu simplesmente estava no meio da sala de aula, quando de repente o telefone toca. Eu tirei ele discretamente do bolso, para que o professor não tivesse um chilique, tomasse o aparelho, e se trancasse choramingando no banheiro até que nós pedíssemos desculpas e disséssemos que realmente queríamos saber mais sobre como uma enguia marinha defeca.

Eu olhei o identificador de chamadas, e estava mostrando desconhecido. “Ora”, eu pensei, “isso não é nada de mais, meu celular pode ter tido um problema em rastrear a chamada”. Eu não atendi, pelas razões mencionadas antes.

Isso aconteceu várias vezes durante as últimas semanas de cursinho. Mas eu só achei que era assombrado a partir de hoje. Depois que saí do cursinho e já estava em casa, no meu quarto, ele tocou de novo. Novamente desconhecido. Esse foi o momento em que eu comecei a pensar um pouco mais no assunto. Será possível que o mesmo número ficou me ligando todas as semanas durante o mesmo período da manhã, o mesmo número não identificado, para agora finalmente ligar em um momento em que eu poderia atender?

Eu comecei a imaginar as possibilidades – tinha uma pessoa mantida em cativeiro por traficantes do outro lado da linha, e ela tinha um telefone quebrado que só estava discando para um número. Essa pessoa havia tentado desesperadamente entrar em contato com esse número para pedir ajuda, e agora por causa da minha demora de semanas para atender ela havia tentado em outro horário, mas atender era muito perigoso, porque os traficantes provavelmente grampearam o telefone, e eles me procurariam também. Eu iria até a polícia e seria colocado sob proteção, mas no fim seria encontrado e precisaria lutar contra o vilão no meio de uma fábrca de drogas. Eu venceria e ele cairia numa piscina de lixo tóxico, e eu acharia que ele havia morrido, mas ele voltaria depois como meu pior inimigo, CRACK-MAN…

Eu parei de pensar na história antes que ficasse muito idiota. Se realmente havia alguém em perigo do outro lado da linha, então era meu dever como cidadão atender, principalmente porque a pessoa parecia muito focada em ligar especificamente para mim. Eu peguei o telefone, levei até o ouvido, e atendi.

Nada.

Bom sinal.

Eu fiquei escutando mais alguns segundos, para ver se conseguia escutar alguma voz ao fundo, ou qualquer coisa. Depois de alguns segundos, eu achei que seria sensato fazer algo a respeito, e falei alô.

Houve um grito de volta.

HA, te peguei.

Não, não houve. continuou totalmente quieto, como o intestino do Gandhi durante um protesto de fome. Eu tentei falar mais algumas vezes, mas ainda assim nada aconteceu, até que eu enjoei e desliguei o telefone.

Então o mistério da ligação sem nome me rodeia até agora, onde eu estou sentado escrevendo essa atualização inútil. O que era, afinal? O fantasma do usuário anterior do telefone? Dificilmente, o celular estava muito limpo para ter sido usado, e além disso, é um modelo novo, seu idiota.

Então o quê?

Eu tenho uma teoria. É o tipo de coisa que eu gosto de pensar quando estou sem nada para fazer. Eu sempre imaginei que, se em algum momento da minha vida eu descobrisse como me comunicar comigo mesmo no passado, eu passaria as informações necessárias para me tornar rico e famoso. Você sabe, números de loteria, o código-fonte do meu primeiro jogo, um par de óculos que passasse diretamente para o meu cérebro conselhos sobre o que fazer num primeiro encontro, coisas do tipo. O que eu acho é o seguinte: meu eu do futuro conseguiu desenvolver algum dispositivo que consegue realizar ligações para telefones de qualquer época, e tentou entrar em contato comigo nesses últimos dias. Ele tentou ligar para mim no cursinho, porque provavelmente no futuro essa é a posição de onde o celular pega melhor, mas acabou desistindo do lugar porque eu não atendia. Então, ele conseguiu ligar na minha cassa, mas descobriu que embora consiga estabelecer a ligação, ele não consegue enviar o som para o passado (inventor imbecil).

Certo então. Eu já sei o que fazer. A internet provavelmente ainda vai existir no futuro distante, o que significa que este blog ainda irá existir. Meu eu futuro, após conseguir resolver o problema com o envio de som, irá olhar estas páginas para encontrar referências de quando ligar. Pronto, futuro eu? A data que você está procurando é 02 de julho, 2010. Eu vou esperar por você por volta das 21:00 dentro do meu cubículo no trabalho. Vou deixar o celular em cima da minha mesa.

OK, eu vou manter vocês atualizados a respeito das futuras aventuras de mim e meu eu futuro assim que elas começarem. Fiquem ligados!

Feliz dia da Toalha, do Orgulho Nerd, e da Análise de Time, Gentlemen, Please!

Hoje é um dia de orgulho para qualquer um que se denomeie nerd, geek ou simplesmente excêntrico. É o Dia do Orgulho Nerd, que começou a ser comemorado em 2006 e acontece nessa data por causa de ter sido o dia da premiére do primeiro Star Wars, e o Dia da Toalha, comemorado desde 2001 em homenagem ao falecido Douglas Adams.

E portanto, para comemorar a ocasião, uma análise nova: Time, Gentlemen, Please! (note que eu disse nova, mas não disse que o game é necessariamente bom).

Ok, ok, eu já tinha agendado lançar a análise de qualquer forma, independentemente da data. Só coincidiu.

Isso é tudo.

Sério, você pode parar de ler agora, eu não tenho mais nada pra dizer.

Ah, saco, ok, ok.

Um colonizador português encontrou um índio e disse:
-8π.
O índio não respondeu, então ele disse:
-18π.

Pronto. Eu vou pra cama.

Ode aos Azarados

Sabe, eu nunca consegui entender direito como é que algumas pessoas conseguem ter uma sequência bizarra de acontecimentos mais bizarros ainda acontecendo em um intervalo de tempo mínimo. Será possível que o meu dia-a-dia é tão sem graça, ou eu simplesmente sou aquele cara que só escreve sobre os acontecimentos bizarros das outras pessoas, o biógrafo que fala sobre vidas interessantes para se ausentar do fato que a vida dele é chata como o inferno e ele precisa de fatos legais para não bater a cabeça com força na quina da porta?

Seguindo a segunda linha de raciocínio, eu achei que seria interessante comentar que meu amigo Lucas é boçalmente, estupidamente, tão-intensa-que-a-maioria-das-pessoas-vai-achar-que-isso-é-inventado-e-sinceramente-eu-não-as-culpo-mente azarado. E também foi amigo o suficiente para escrever a história do dia dele e me enviar por e-mail. “Bem”, eu pensei, “isso certamente me poupa muito trabalho”. Oh deuses, como eu queria estar certo. Conhecendo o Lucas como eu conheço, eu devia ter previsto que o texto teria mais erros de escrita do que se tivesse sido feito por uma secretária irlandesa colocando no papel literalmente tudo que Hitler ditava tentando desesperadamente falar português, e resultando em um híbrido monstruoso de português com alemão e os sons estranhos que os irlandeses soltam depois de beber muita cerveja, onde aqui e ali se podia encontrar a escrita do sotaque horrendo de um anão bigodudo que resolveu destruir meio mundo simplesmente para compensar o fato de que ele próprio não podia ser alto, loiro e de olhos azuis para o seu namorado emo.

Desculpe, eu perdi minha linha de raciocínio.

Mas, finalmente, depois de algumas duras e penitentes horas editando tudo com um trator que tivesse motosserras no lugar de rodas, eu consegui algo que pudesse ser inteligível. Então, em homenagem a todas as pessoas que têm dias interessantes, ainda que terríveis, lá vai:

Eu sou azarado, acho que já descrevi os eventos dos últimos dias para todo mundo, mas eu sou repetitivo, então você que se dane.

Anteontem o dia foi péssimo, eu tinha que pegar o material para esse trabalho, e sabe quando tudo dá errado?

Eu tenho uma filosofia, quando voce erra o ônibus, é sinal de que você vai ter um dia terrível, nunca conheci alguém que pegasse o ônibus errado e subitamente descobrisse que ele para num stripclub gratuito,ou que esse ônibus em específico viaja no tempo e que a última parada é o fim dos tempos, já ouvi de um cara que pegou um ônibus espacial errado, mas ele só orbitou por algumas horas, e possivelmente perdeu o último episodio de Friends (e lembrem, não tinha DVD naquela época, raios, não tinha nem tv).

Em todo caso, ônibus errado=azar.

Pois assim que eu pensei “(Palácio do ) CATETE! EU NUNCA PASSO PELO TIETÊ INDO PRA FACULDADE!!!!” e saltei do ônibus, começou a chover, e faltava “ohmeudeusohmeudeusohmeudeus” 1 hora pro prazo de eu pegar as coisas acabar, eu não sabia onde estava, e não tinha onibus fácil (Maldita São Paulo e sua ausência de mototáxis).

Resumindo, todo molhado eu peguei um táxi (sem grana), fui até a faculdade (oh deuses, o trânsito O TRÂNSITO!!!!), peguei o material, queimei a língua (tinha um táxi me esperando, não tem como beber o leite com calma), pulei no táxi, TRÂÂÂÂNSITOOO (nesse ponto eu cheguei aos 40 reais, estou dizendo, eu sentia dores físicas nesse ponto). Chega na faculdade, entrega material, conversa com os responsáveis (e o táxi me esperando, eu quase chorava), volta pro táxi, caça bancos, MALDITO BANCO FECHADO!!! (58 reais) BANCO ABERTO!!!! (62 reais e 80 centavos). Na verdade estou exagerando, depois dos 50 reais eu morri por dentro e fiquei insensível.

Aí volto pra casa e resmungo do meu dia terrível pra minha tia, que graciosamente me lembra que ela ia me dar carona, e por eu não ter avisado a ela que eu não precisava de carona, ela não saiu com as amigas. Por minha causa. Pelo menos ela me pagou uma pizza depois.

E eu fui dormir pensando, oh bem, nada mais pode dar errado, raios, agora que esse dia estúpido acabou vou até tomar um gole de Fanta UvAAAGGHHH (nesse ponto a garrafa estorou, me sujou e sujou toda a cozinha e louça que eu tinha lavado).

Sério, a garrafa estava na geladeira há horas, ela só explodiu em mim por que em algum lugar do multiverso, tem alguém tirando um prazer extremo disso.

O bom é que assim que o dia acabou meu azar acab… oh não, não tinha acabado. Leia o resto deste post

IT’S OVER NINE THOUSAAAAND!!!

Ah, caramba, eu queria fazer esse post há meses. É idiota, curto, e não é original. Mas eu senti que simplesmente não podia perder a oportunidade.

Antes de ir ao ponto, uma atualização nas novidades. Como eu disse no último post, eu arranjei um emprego. Isso, junto com o meu cursinho pré-vestibular, está acabando com o meu horário livre, fazendo com que meu tempo para jogar, ler, assistir filmes e escrever análises das três coisas seja quase zero. O que não significa muita coisa, afinal eu já não postava com frequência antes, mas naquela época é porque eu estava jogando, assistindo e lendo muitas coisas, e não escrevendo a análise de nenhuma. Ou seja, é praticamente uma inversão de papéis. Oh, a ironia.

Mas não é um assunto tão preocupante, porque eu costumo ter uma ou duas horas quando chego do trabalho, tempo suficiente para escrever uma das muitas análises que deixei pendentes. Então eu espero conseguir tempo e iniciativa para publicar toda semana, com uma frequência regular, e já que estou sonhando acordado eu também quero uma mochila a jato para voar até o núcleo do sol e sobreviver.

Mas tendo dito isso, vamos ao ponto central. Enquanto escrevo este post, meu contador de acessos avisa que o blog chegou aos 9100 acessos. Se você gosta de procurar vídeos populares na internet, provavelmente já deve saber o que isso significa. Hehehe. Use seu poder de percepção. Isso mesmo, leitor, é mais de 9000.

Ou talvez eu deva dizer…

IT’S OVER NINE THOUSAAAAAAAAND!!!!!!!!!!

Obrigado pelos acessos!

Como se Tornar um Jornalista de Sucesso

Como a maioria já sabe, foi dispensada a necessidade de um diploma de jornalismo para poder trabalhar na carreira… bem… jornalística. E por causa disso, muitas pessoas que pensavam em fazer uma faculdade sobre o assunto agora se sentem um tanto quanto perdidas, imaginando o que fazer.

Felizmente, algumas boas almas da internet (e por boas almas eu quero dizer Rafinha Bastos) resolveram pegar um vídeo americano ensinando a fazer sua própria reportagem jornalística e traduzi-lo para o português:

Vou começar a treinar agora mesmo.

Filmes Inspirados em Jogos

Outro dia, eu estava navegando pela internet, quando me deparei com o trailer do filme que será lançado em breve, Prince of Persia: The Sands of Time. E eu me lembrei de todas as boas horas que passei com esse jogo, os momentos de diversão com batalhas bem feitas e desafios acrobáticos. Mas então uma pergunta me veio à mente: por que todos querem transformar jogos em filmes, e por que isso nunca dá certo?

Veja bem, se algo funciona como um jogo, isso quer dizer que funciona como uma mídia de entretenimento eletrônico de várias horas de duração. Isso é totalmente diferente de uma mídia não-interativa de em média duas horas de duração. Quando as pessoas adaptam um jogo para um filme, elas precisam condensar os acontecimentos do jogo para o filme, sem contar o fato de que todas as cenas de batalhas e acrobacias presentes, por exemplo, no Prince of Persia, são sim muito interessantes, mas se fossem repetidas à exaustão em um filme, seriam algo extremamente cansativo, pois cairia logo na repetição. Em outras palavras, o que caracteriza o jogo não estará totalmente presente no filme. E geralmente esses filmes são feitos para os fãs dos jogos. Como esse fãs não vão ver nas telas aquilo que realmente marca o jogo, eles logo perdem o interesse. Esse padrão se repete em todos os jogos inspirados em filmes. Doom. Resident Evil. Tomb Raider (não importa se foi bem feito ou não, os fãs do jogo com certeza admitem que não lembrava tanto o jogo assim, e de qualquer forma a Lara Croft dificilmente pode virar uma personagem amável). E por aí vai.

Outro grande problema é a alteração da história. Acredite, o dia que eu encontrar um filme baseado em jogo que seja totalmente fiel à história original vai ser o dia em que eu vou começar a trabalhar como alvo vivo para atiradores de facas cegos. De qualquer forma, aí vai o trailer que eu vi. Tirem suas próprias conclusões: Leia o resto deste post

Rémi Gaillard, um Humorista Genial

Sabe, é difícil definir qual é o meu tipo de humor. Eu sou muito variado em questão a isso. Sou um fã do humor nonsense, do pastelão, das piadas inteligentes, das piadas idiotas, das pegadinhas… Enfim, de praticamente tudo.

E em homenagem às piadas idiotas e ao pastelão, aqui vão alguns vídeos de Rémi Gaillard, um humorista francês: Leia o resto deste post

Batman & Supervilões

Bem, eu comecei a jogar o demo de Batman: Arkham Asylum que baixei pelo Steam, e pretendo fazer uma análise desse game. Estou tentando desesperadamente encontrar alguém que tenha a versão completa para me emprestar. Caso eu não consiga encontrar, farei uma análise de “primeiras impressões”, falando somente sobre o demo e sobre as impressões que ele me passou.

Mas aproveitando que tocamos no assunto, Batman com certeza é o personagem menos interessante em todos os lugares que aparece, exceto nesse jogo. Por exemplo, quando eu assisto ao Cavaleiro das Trevas, eu não quero ver o Batman exibindo suas habilidades de ter todas as tecnologias mais caras do multiverso e gastá-las como se fossem feitas de pão. Não, eu assisto o filme por causa do Coringa. E não se preocupem, esse post não vai se transformar num monte de baboseiras repetindo pela bilionésima vez o que todos já disseram sobre quão bom Heath Ledger foi no filme (mas que ele foi, foi mesmo). O caso é que o trunfo do Batman são os vilões, pois ninguém consegue se simpatizar com um cara fechado e recluso que resolve os problemas batendo nas coisas ou jogando bat anti-sprays nelas, e então batendo. Pessoalmente, eu acho que Batman só é superado no quesito desinteressante pelo Robin. Mas não entremos nesse mérito da questão.

O caso é que, já deixando isso dito, esse jogo foi a primeira vez em que eu realmente gostei do Batman como personagem, em vez de gostar somente da atmosfera causada por ele. Não sei por que, mas simplesmente aconteceu. De qualquer forma, voltando ao assunto de vilões e supervilões: por que diabos a indústria do entretenimento colocou todos esses malditos clichês neles? Quantas malditas vezes você já viu vilões brincarem com seus inimigos, tentando provar que são superiores, em vez de pararem de ser estúpidos e terminar logo com isso? Bem, outro dia o Douglas me passou o link para um post do site Ñ.intendo, que dava algo parecido com um manual de como se tornar um vilão que possa ter alguma chance de vencer e dominar o mundo, em vez de perder para um maluco de capa e roupa colorida, ou para um grupo de palhaços segurando espadas e/ou varinhas mágicas. Então, aí vai a lista do que irei fazer quando dominar o mundo (retirada desse post do site):

  1. Minhas Legiões do Terror terão capacetes com visores de acrílico, e não placas tampando o campo de visão.
  2. Meus dutos de ventilação serão pequenos demais para alguém rastejar por eles.
  3. Meu nobre meio irmão, do qual usurpei o trono, será morto, não mantido anônimo em uma cela esquecida em minha masmorra.
  4. Fuzilamento não é bom demais para meus inimigos.
  5. O Artefato que é a fonte de meu poder não será mantido na Montanha do Desespero, além do Rio de Fogo guardado pelos Dragões da Eternidade. Será mantido em uma caixa forte convencional. Isso também se aplica ao objeto que é minha única fraqueza.
  6. Não irei me gabar da situação de meus inimigos antes de matá-los.
  7. Quando tiver capturado meu adversário e ele disser “Olhe, antes de me matar, pelo menos me conte sobre o que você planeja fazer.” Eu direi “não” e atirarei nele. Pensando bem, vou atirar nele e depois dizer “não”.
  8. Depois de raptar a linda princesa, iremos nos casar imediatamente em uma discreta cerimônia civil, não um espetáculo de três semanas de duração durante as quais a fase final de meu plano será implementado.
  9. Não incluirei um mecanismo de autodestruição a não ser que seja absolutamente necessário. Se o for, não será um grande botão vermelho escrito “Perigo, não aperte”. O grande botão vermelho “Não Aperte” irá disparar uma saraivada de balas em qualquer um estúpido o bastante para apertá lo. Ao mesmo tempo, botões “LIGA/DESLIGA” não serão claramente indicados em meus painéis.
  10. Não levarei meus inimigos para interrogatório no centro de meu castelo. Um pequeno hotel, na periferia de meu Reino servirá perfeitamente.
  11. Serei seguro de minha superioridade. Assim, não sentirei necessidade de prová-la, deixando pistas na forma de charadas ou permitindo que meus inimigos mais fracos permaneçam vivos, para mostrar que não representam ameaça para mim.
  12. Um de meus conselheiros será uma criança de cinco anos. Qualquer falha em meus planos que ela seja capaz de detectar será corrigida antes da implementação.
  13. Todos os inimigos mortos serão cremados. Os corpos levarão repetidos tiros de munição de grosso calibre. Ninguém será deixado para morrer no fundo de um penhasco. O anúncio de suas mortes, bem como a respectiva celebração do evento, serão adiados até depois dos procedimentos acima mencionados.
  14. O herói não terá direito a um último beijo, último cigarro ou qualquer tipo de último pedido.
  15. Nunca usarei nenhum dispositivo com um contador digital. Se achar que tal dispositivo é essencial, o marcarei para ativação quando o contador chegar em 117 e o heróis estiver começando a pensar em um plano para desativá-lo.
  16. Nunca usarei a frase “Antes de matá-lo, há uma coisa que desejo saber”.
  17. Quando empregar pessoas como conselheiros, ocasionalmente irei escutar seus conselhos.
  18. Se um jovem e atraente casal entra em meu Reino, irei monitorar cuidadosamente suas atividades. Se descobrir que são felizes e apaixonados, os ignorarei. Entretanto, se as circunstâncias os forçaram a ficar juntos, contra sua vontade, e se passam todo o tempo implicando e criticando um ao outro exceto em ocasiões quando estão salvando a vida um do outro, momento em que há toques de tensão sexual no ar, ordenarei imediatamente sua execução.
  19. Não irei ter um filho. Apesar de suas risíveis e mal planejadas tentativas de usurpar meu poder sempre falharem, isso pode se tornar uma distração fatal em um período crucial.
  20. Não terei uma filha. Ela iria ser tão bonita quando má, mas uma simples olhada para a expressão no rosto do herói e ela irá trair o próprio pai.
  21. Apesar de ser uma forma comprovada de aliviar o stress, não irei soltar risadas maníacas. Com essas risadas, quando ocupado, é muito fácil deixar de perceber pequenas nuances e acontecimentos que um indivíduo mais atento pode identificar e responder à altura.
  22. Irei contratar um estilista talentoso para criar uniformes originais para minhas Legiões do Terror, ao contrário de certos modelos baratos que os fazem parecer tropas nazistas, legiões romanas ou hordas de selvagens mongóis. Todos foram eventualmente derrotados e quero que minhas tropas tenham uma inspiração moral mais positiva.
  23. Não importa o quão tentador seja a perspectiva de poder ilimitado, não irei absorver qualquer campo de energia maior que minha cabeça.
  24. Irei manter um estoque especial de armas de baixa tecnologia e treinar minhas tropas em seu uso. Assim, mesmo que os heróis consigam destruir meu gerador de energia e/ou desativar as armas de energia padrão, minhas tropas não serão sobrepujadas por um bando de selvagens armados com lanças e pedras.
  25. Irei manter uma estimativa realista de minhas forças e fraquezas. Mesmo que isso tire parte da diversão do trabalho, pelo menos nunca irei dizer a frase ‘Não, não pode ser! EU SOU INVENCÍVEL!!!” (após a qual, normalmente a morte é instantânea.)
  26. Não importa o quão bem funcione. Jamais irei construir qualquer tipo de equipamento que seja completamente indestrutível exceto por um pequeno e virtualmente inacessível ponto vulnerável.
  27. Não importa o quão atraentes certos membros da rebelião podem ser. Provavelmente em algum lugar há alguém igualmente atraente que não está tentando desesperadamente me matar. Assim, pensarei duas vezes antes de ordenar que uma prisioneira seja levada a meus aposentos.
  28. Nunca construirei uma única unidade de nada importante. Todos os sistemas essenciais terão painéis de controles e fontes de força redundantes. Pela mesma razão, sempre carregarei pelos menos duas armas carregadas, todo o tempo.
  29. Meu monstro de estimação será mantido em uma jaula bem segura, da qual ele não poderá escapar e na qual não poderei cair por acidente.
  30. Irei me vestir com cores claras e alegres, isso deixará meus inimigos confusos.
  31. Todos os magos incompetentes, escudeiros, bardos sem talento e ladrões covardes em meu Reino serão executados. Meus inimigos certamente desistirão e abandonarão sua cruzada se não tiverem um parceiro cômico ao lado.
  32. Todas as camponesas ingênuas e peitudas que servem bebidas em tabernas serão trocadas por garçonetes experientes e profissionais, que não irão dar apoio ao herói ou servir de par romântico para seu ajudante.
  33. Não terei um ataque de fúria e matarei o mensageiro que me trouxe más notícias só para mostrar o quão mal realmente sou. Bons mensageiros são difíceis de achar.
  34. Não exigirei que as mulheres em postos de comando em minha organização usem tops de aço inoxidável. A moral da tropa fica bem melhor com um código de vestimenta mais casual. Ao mesmo tempo, roupas feitas inteiramente de couro serão reservadas para ocasiões formais.
  35. Nunca vou me transformar em uma cobra. Isso nunca funciona.
  36. Não irei deixar crescer um cavanhaque. Nos velhos tempos fazia com que você parecesse diabólico, hoje o torna um membro frustrado da Geração X.
  37. Não irei prender membros do mesmo grupo no mesmo bloco da masmorra. Muito menos na mesma cela. Se são prisioneiros importantes, irei manter a única chave da cela comigo, ao invés de deixar uma cópia com cada guarda do destacamento da prisão.
  38. Quando meu tenente de confiança disser que minhas legiões do Terror estão perdendo uma batalha, eu acreditarei nele. Afinal, ele é meu tenente de confiança.
  39. Se um inimigo que acabei de matar tem irmãos ou filhos em algum lugar, irei encontrá-los e executá-los imediatamente, ao invés de esperar que cresçam nutrindo sentimentos de vingança contra mim.
  40. Se eu não tiver escapatória a não ser me envolver em uma batalha, certamente não liderarei na frente de minhas Legiões do Terror, nem irei procurar o líder adversário entre o exército inimigo.
  41. Não irei ser cavalheiresco ou bom esportista. Se possuir uma super arma contra a qual não há defesa, a usarei assim que for possível, ao invés de mantê-la guardada.
  42. Assim que meu poder estiver estabelecido, irei destruir todos aqueles inconvenientes dispositivos de viagem no tempo.
  43. Quando capturar o herói, terei certeza de também capturar seu cachorro, macaco, furão ou qualquer outro bichinho bonitinho de dar nojo, capaz de desamarrar cordas e roubar chaves, que por acaso ele tenha como mascote.
  44. Irei manter uma saudável dose de ceticismo quando capturar a linda rebelde e ela disser que está atraída por meu poder e boa aparência, e alegremente trairá seus companheiros se eu deixá-la tomar parte em meus planos.
  45. Só irei contratar caçadores de recompensa que trabalhem por dinheiro. Aqueles que trabalham por prazer tendem a fazer coisas tolas como equilibrar as chances, para dar ao outro cara uma disputa justa.
  46. Terei um claro entendimento sobre quem é responsável pelo que em minha organização. Por exemplo, se meu general fracassou, não irei sacar minha arma, apontar para ele, dizer “e este é o preço do fracasso” então subitamente apontar e matar um subalterno qualquer.
  47. Quando um conselheiro disser “Meu Lorde, ele é somente um homem. O que apenas um homem pode fazer?” Eu responderei: “Isso!” e matarei o conselheiro.
  48. Se descobrir que algum fedelho começou uma cruzada para me destruir, irei chaciná-lo enquanto ele ainda é um fedelho, ao invés de esperar que cresça e se torne um adulto.
  49. Tratarei qualquer monstro que eu venha a controlar através de mágica ou tecnologia com respeito e ternura. Assim, se perder o controle sobre ele, não virá imediatamente atrás de mim por vingança.
  50. Se descobrir a localização aproximada do único artefato que pode me destruir, não irei mandar todas as minhas tropas para recuperá-lo. Ao contrário, mandarei as tropas atrás de alguma outra coisa, e discretamente colocarei um anúncio de “procura-se, gratifica-se bem “, em um jornal local.
  51. Meus computadores principais terão seu próprio sistema operacional, que será totalmente incompatível com IBM PCs ou Macs.
  52. Se um dos guardas de minha masmorra começar a esboçar preocupação com as condições na cela da linda princesa, ele será imediatamente transferido para uma função com menos envolvimento com pessoas.
  53. Irei contratar um time de arquitetos e pesquisadores de alto nível para examinar meu castelo e me informar de quaisquer passagens secretas e túneis abandonados que eu tenha conhecimento.
  54. Se a linda princesa que capturei disser “Nunca irei me casar com você! Nunca! Está ouvindo? Nunca!” eu direi: “Tudo bem.” E a executarei.
  55. Não farei uma barganha com uma criatura demoníaca e depois tentarei desfazê-la apenas porque me senti com vontade.
  56. Os mutantes deformados e malucos psicóticos terão seu lugar em minhas Legiões do Terror. Entretanto antes de mandá-los em uma importante missão secreta que demande tato e sutileza, verificarei se há alguém mais igualmente qualificado, e que atraia menos atenção.
  57. Minhas Legiões do Terror serão treinadas em tiro básico. Qualquer um que não consiga aprender a acertar algo do tamanho de um homem a 10 metros de distância, será usado como alvo.
  58. Antes de utilizar qualquer tipo de artefato ou máquina capturada, irei ler cuidadosamente o manual de instruções.
  59. Se for necessário fugir, não irei parar para fazer uma pose dramática e dizer uma frase profunda.
  60. Nunca irei construir um computador inteligente que seja mais esperto do que eu.
  61. Pedirei a meu conselheiro de cinco anos de idade que tente decifrar qualquer código que eu estiver pensando em adotar. Se ele o decifrar em menos de 30 segundos, não será usado. Nota: Isso também se aplica a passwords.
  62. Se meus conselheiros perguntarem “Por que está arriscando tudo nesse plano louco?” Não irei prosseguir até ter uma resposta que os satisfaça.
  63. Irei projetar os corredores de minha fortaleza para que não haja alcovas ou suportes estruturais protuberantes que possam ser usados como abrigo por intrusos durante um tiroteio.
  64. Lixo será eliminado em incineradores, não compactadores. E eles serão mantidos acesos, sem aquele nonsense de chamas que se ativam através de túneis de acesso, em intervalos previsíveis.
  65. Irei me consultar com um psiquiatra e me curar de todas as estranhas fobias e bizarros hábitos compulsivos que possam se mostrar uma desvantagem.
  66. Se for obrigatório que existam terminais de computador de acesso público, os mapas que mostram meu complexo terão uma sala claramente marcada como Sala de Controle Central. Essa sala será a Câmara de Execução. A sala de controle central de verdade estará indicada como Câmara de Contenção de Transbordamento do Esgoto.
  67. Meu teclado de segurança na verdade será um scanner de impressões digitais. Qualquer um que observe um usuário digitar seu código e consequentemente tente digitar a mesma sequência irá ativar o alarme central.
  68. Não importa quantos curtos circuitos há no sistema, meus guardas serão instruídos a tratar cada câmera de segurança com defeito como caso de emergência total.
  69. Pouparei a vida de alguém que tenha me salvado no passado. Isso só é razoável se estimular outros a fazê-lo. Entretanto a oferta só é válida uma única vez. Se querem que os poupe novamente, é melhor que salvem minha vida mais uma vez.
  70. Todas as parteiras serão banidas de meu reino. Os bebês nascerão em hospital supervisionados pelo Estado. Órfãos serão colocados em lares adotivos, não abandonados na floresta para serem criados por criaturas selvagens.
  71. Quando meus guardas se separarem para procura por intrusos, eles sempre andarão em grupos de pelo menos dois. Serão treinados para que se um desaparecer misteriosamente no meio da patrulha, o outro iniciará imediatamente um alerta e chamará por reforços, ao invés de ficar procurando o colega pelas esquinas.
  72. Se eu decidir testar a lealdade de um assistente, para descobrir se ele pode ser promovido a homem de confiança, terei um grupo de atiradores de elite por perto, caso a resposta seja não.
  73. Se todos os heróis estão ao lado de um mecanismo esquisito e me desafiando, usarei uma arma convencional, ao invés de disparar minha super arma invencível contra eles.
  74. Não concordarei em deixar os heróis partirem livres, se vencerem uma competição, mesmo que meus conselheiros digam que está tudo arranjado e que é impossível para eles ganhar.
  75. Quando criar uma apresentação multimídia de meu plano, feita para que meu conselheiro de cinco anos de idade possa facilmente entender os detalhes, não irei chamar o disco de “Projeto Overlord” e deixá-lo solto em minha mesa.
  76. Irei instruir minhas Legiões do Terror para atacarem o herói em massa, ao invés de ficarem em volta dele esperando enquanto um ou dois atacam de cada vez.
  77. Se o herói correr para meu telhado, não irei atrás dele em uma tentativa de atirá-lo do alto. Também não lutarei com ele na beira de um despenhadeiro. (No meio de uma ponte de cordas sobre um rio de lava derretida é algo que não vale nem a pena considerar.)
  78. Se tiver um surto de insanidade e decidir oferecer ao herói a chance de rejeitar um emprego como meu Braço Direito, irei reter sanidade o suficiente para esperar que meu atual Braço Direito saia da sala antes de fazer a oferta.
  79. Não direi para minhas Legiões do Terror “E ele deve ser trazido vivo!”. A ordem será: “E tentem trazê-lo vivo se for razoavelmente viável”.
  80. Se acontecer de minha máquina do Juízo Final possuir um botão de reversão, assim que tiver sido usada irei derretê-la e cunhar uma edição especial limitada de moedas comemorativas.
  81. Se minhas tropas mais fracas falharem na tentativa de eliminar o heróis, mandarei minhas melhores tropas, ao invés de perder tempo mandando tropas progressivamente mais fortes, a medida em que ele se aproxima de minha fortaleza.
  82. Quando lutar com o herói no alto de uma plataforma em movimento, o tiver desarmado, e estiver a ponto de acabar com sua vida, e ele olhar para algo atrás de mim e se jogar no chão, me jogarei imediatamente no chão também, ao invés de fazer uma expressão inquisitiva e olhar para trás para ver o que ele viu.
  83. Não irei atirar em nenhum de meus inimigos se eles estiveram de pé em frente a um suporte crucial de uma estrutura pesada, perigosa e precariamente equilibrada.
  84. Se estiver jantando com o herói, colocar veneno em sua taça, e subitamente tiver que sair da sala por alguma razão, pedirei novos drinques para nós, ao invés de tentar decidir se ele trocou ou não os copos.
  85. Não deixarei que prisioneiros de um sexo sejam vigiados por membros do sexo oposto.
  86. Não implementarei nenhum plano cujo passo final seja horrivelmente complicado, como “alinhe as 12 Pedras do Poder no altar sagrado então ative o medalhão no momento do eclipse total”. Ao invés disso, meu plano será ativado com a frase “aperte o botão “.
  87. Terei certeza de que minha Máquina do Juízo Final está devidamente dentro das regras de instalação, e corretamente aterrada.
  88. Meus tonéis de produtos químicos perigosos ficarão tampados quando fora de uso. Também não irei construir passagens e escadas sobre eles.
  89. Se um grupo de subordinados falhar miseravelmente em sua missão, não lhes darei uma grande bronca por sua incompetência, e em seguida enviar o mesmo grupo para tentar de novo.
  90. Depois de capturar a superarma do herói, não vou imediatamente dispensar minhas legiões e relaxar minha guarda pessoal porque acredito que qualquer um que possua a arma é invencível. Afinal, o herói tinha a arma e eu a tomei dele.
  91. Não vou projetar uma Sala de Controle Central em que todos os terminais deixem o operador de costas para a porta principal.
  92. Não irei ignorar o mensageiro esbaforido e obviamente agitado até que minha cavalgada ou outro entretenimento pessoal termine. O que ele tem a dizer pode ser importante.
  93. Se chegar a falar com o herói ao telefone, não irei ameaçá-lo. Ao contrário, direi que sua perseverança me deu uma nova visão da futilidade de minhas ações malvadas, e que se ele me deixar em paz por alguns meses de quieta contemplação irei provavelme nte voltar para o caminho do Bem. (heróis são incrivelmente fáceis de se enganar, quanto a isso).
  94. Se eu decidir realizar uma execução dupla do herói e de um subordinado que tenha falhado ou me traído, farei com que o herói seja executado primeiro.
  95. Quando efetuando uma prisão, meus guardas não deixarão que parem e peguem um objeto aparentemente inútil, por puro valor sentimental.
  96. Minha masmorra terão sua própria equipe médica qualificada, completa com guarda costas. Assim se um prisioneiro ficar doente e seu colega de cela disser ao guarda que é uma emergência, o guarda chamará um grupo de trauma, ao invés de abrir a cela para dar uma olhada.
  97. Minhas portas serão projetadas para se que alguém destrua o painel de controle do lado de fora, a porta feche, e se destrua o painel do lado de dentro, a porta abre. Não vice versa.
  98. As celas de minhas masmorras não conterão objetos com superfícies reflexivas ou nada que possa ser transformado em cordas.
  99. Qualquer conjunto de dados de importância crucial será acondicionado em arquivos de 1.45Mb, para não caberem em um único disquete.
  100. Finalmente, para manter todos os meus súditos contentes e descerebrados, irei prover a cada um acesso Internet ilimitado, grátis.

É, acho que isso está bom para começar.

Dicas Para Escrever Melhor

Algumas pessoas têm me elogiado em relação à minha escrita, e eu recebi muitos e-mails dizendo: “Diego, seu gramático boa-vida! Que dicas você tem para nos ajudar a escrever melhor?”

Bem, eu não tenho dicas. No meu caso, simplesmente… acontece. Não estou sendo esnobe, é só que eu não presto muita atenção no que faço quando estou escrevendo. Mas o Professor João Pedro, da Unicamp, disponibilizou estas dicas:

  1. Evite ao máx. a utiliz. de abrev., etc.
  2. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo narcisístico.
  3. Anule aliterações altamente abusivas.
  4. não esqueça as maiúsculas no início das frases.
  5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.
  6. O uso de parênteses (mesmo quando for relevante) é desnecessário.
  7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in (eu não sigo esse, vocês já perceberam).
  8. Evite o emprego de gíria, mesmo que pareça nice, sacou??… então valeu!
  9. Palavras de baixo calão, porra, podem transformar o seu texto numa merda.
  10. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as situações.
  11. Evite repetir a mesma palavra pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.
  12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: “Quem cita os outros não tem idéias próprias”.
  13. Frases incompletas podem causar
  14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras palavras, não repita a mesma idéia várias vezes.
  15. Seja mais ou menos específico.
  16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!
  17. A voz passiva deve ser evitada.
  18. Utilize a pontuação corretamente o ponto e a vírgula pois a frase poderá ficar sem sentido especialmente será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de interrogação
  19. Quem precisa de perguntas retóricas?
  20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.
  21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação.
  22. Evite mesóclises. Repita comigo: “mesóclises: evitá-las-ei!”
  23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.
  24. Não abuse das exclamações! Nunca!!! O seu texto fica horrível!!!!!
  25. Evite frases exageradamente longas pois estas dificultam a compreensão da idéia nelas contida e, por conterem mais que uma idéia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçam, desta forma, o pobre leitor a separá-la nos seus diversos componentes de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular através do uso de frases mais curtas.
  26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúa portuguêza.
  27. Seja incisivo e coerente, ou não.
  28. Não fique escrevendo (nem falando) no gerúndio. Você vai estar deixando seu texto pobre e estar causando ambigüidade, com certeza você vai estar deixando o conteúdo esquisito, vai estar ficando com a sensação de que as coisas ainda estão acontecendo. E como você vai estar lendo este texto, tenho certeza que você vai estar prestando atenção e vai estar repassando aos seus amigos, que vão estar entendendo e vão estar pensando em não estar falando desta maneira irritante.
  29. Outra barbaridade que tu deves evitar chê, é usar muitas expressões que acabem por denunciar a região onde tu moras, carajo!… nada de mandar esse trem… vixi… entendeu bichinho?
  30. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão ninguém irá agüentar já que é insuportável o mesmo final escutar…

É tão interessante ter um pouco de humor intelectual de vez em quando, não acham?